A VIDA QUER É CORAGEM
Sinto alegria por ter vencido os desafios e honrado o nome da mulher brasileira. O nome de milhões de mulheres guerreiras, mulheres anônimas que voltam a ocupar, encarnadas na minha figura, o mais alto posto dessa nossa grande nação. (Dilma Rousseff)
Escrever
sobre uma das mulheres mais importantes que esse país já teve não é uma tarefa
fácil para mim, sou apenas uma amadora na arte da escrita, e apesar de saber,
quase tudo, da trajetória de Dilma, me faltam palavras para descrever sua grandiosidade,
e as minhas singelas palavras não são dignas dos feitos dessa mulher. 6 dias
exatos após seu aniversário, finalmente, escrevo essas palavras para aquela que
me inspira todos os dias.
Eu
tinha 16 anos quando a primeira presidenta do Brasil foi eleita. Lembro-me bem!
Dia 1º de janeiro de 2011, Dilma Vana Rousseff subindo as rampas do planalto. A
“subida” de uma mulher para o cargo mais importante do país significaria algo
para todas as mulheres que assistiram aquele espetáculo, e para a própria
Dilma, que algumas décadas atrás sofreu bárbaras torturas do estado e daquela
instituição que no dia 1º bateria continência para ela. Aquela menina de 16
anos maravilhada com aquele grande acontecimento, tratou de comprar a biografia
da mulher mais importante do Brasil, que saiu ainda no ano de 2011. “A vida
quer é coragem” de Ricardo Amaral mudou a minha vida e minha forma de enxergar
Dilma Rousseff, antes mesmo de saber o que era feminismo, eu entendi que ser
mulher era sinônimo de resistir.
E
foi através dos livros, que quase nunca mentem, descobri a militante dedicada à
luta de classes, a guerrilheira que montava e desmontava fuzil em um piscar de
olhos, a amiga leal que não entregava seus companheiros mesmo à base da porrada
e choques elétricos, a melhor presidenta do Brasil, resistiu às perseguições
políticas e torturas no período da ditadura militar de 64. A consciência
tranquila de que estava do lado certo da história veio em sua memória naquele
dia 1º, e na minha cabeça de vento, a imagem heroica de Dilma começaria a ser
forjada.
1º
de janeiro de 2015. Dilma foi reeleita após uma disputa com um candidato
irrelevante. Eu estava prestes a fazer 22 anos de idade, a mesma idade em que
Dilma foi presa e torturada na ditadura militar. Quem conhece o mínimo de
história do Brasil já viu aquela foto de Dilma no dia do seu julgamento, de
cabeça erguida, enquanto os seus torturadores estavam de cabeça baixa. Ela foi
torturada durante 22 dias seguidos. Foram torturas inimagináveis, mas ela
resistiu como um bom Coração Valente. Acredito que minha paixão por Dilma venha
dessa valentia em resistir tantos dias de tortura e anos de perseguição
política.
O
Brasil jamais merecerá a figura histórica Dilma Vana Rousseff. A “última pá de
terra” foi o golpe de 2016. Machista e Misógino, esses são os adjetivos do
Golpe. Os cidadãos de bem do país começaram uma campanha de difamação machista
contra Dilma, além das Fake News, estamparam adesivos com o corpo dela (de
pernas abertas) nas bombas de gasolina dos carros, quando o dono do carro
abastecia, a bomba de gasolina “penetrava” entre as pernas simulando um
estupro, esse era o “protesto dos cidadãos de bem” contra o preço da gasolina,
que na época era cerca de 2,69. Hoje os infames choram calados com o preço
dobrado da gasolina. Dilma foi injustiçada pela segunda vez, o impeachment
tiraria a maior do poder! Uma mulher em um cargo de grande importância estava
tirando o “juízo” dos machos histéricos. Porém, resistir sempre foi o seu
segundo nome.
Minha
mineirinha, Guerrilheira, Comunista, Feminista, Meu coração Valente, te desejo
tudo que o dinheiro não pode comprar, você é inspiração para que muitas
meninas/ mulheres continuem sonhando e acreditando que podemos ser o que
quisermos, até presidente da república! Que outros ciclos se iniciem para que
você continue brilhando! Te amo.
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Texto: Luana
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