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Mostrando postagens de agosto, 2021

JOSEFA PAULINO: UMA CAMPONESA DO BRASIL

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Eu tô na contramão da história escrita pelos homens. Eu tô na insistência pela visibilização das mulheres na história. Hoje vocês conhecerão a história de Josefa Paulino da Silva pelo meu olhar. E desde já a agradeço pela persistência de sua luta, para que eu pudesse lembra-la hoje. - Para Josefa e todas as outras grandes mulheres que vieram antes de mim. 🔊 Uma das funções da História em Geral é preservar o passado coletivo e reinterpretá-lo para o presente. Mas às mulheres é negado um passado. (Lola Aronovich para o livro “A Criação do Patriarcado”) . Eu penso como Lola. São séculos de apagamento histórico, desde as primeiras civilizações somos jogadas para escanteio no que diz respeito à construção da história da humanidade. Hoje, reivindicamos nosso papel por direito e pelo sangue derramado. Pois bem. Como disse no início, hoje falarei de Josefa Paulino. Uma Alagoana do pé quente que deu o que falar nas lutas camponesas do Brasil. Apesar de pouco documentada (atente-se para o

SANTA NO SOY

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Segundo o Malleus Maleficarum, as mulheres guiadas pelo espírito do mal comprazem nos piores vícios possíveis. Portanto, a mulher é perversa por natureza e está propensa a hesitar na sua fé. A mulher, primitivamente culpada pelo pecado principal, inicia sua nova jornada em busca de redenção. Mas não aquela redenção tão sonhada do patriarcado... Hoje é meio pessoal, não reparem! Desde já peço licença à todas as grandes mulheres e pensadoras feministas que sempre estiveram na minha frente, para que hoje eu pudesse falar tanta besteira no meu cotidiano. 😁😁😁 O Malleus Maleficarum nunca esteve tão certo em certos aspectos... O Malleus Maleficarum detalha uma espécie de transgressão feminina e nos coloca como o centro de todo o mal da humanidade. As grandes pecadoras promíscuas incapazes de agir sem a ordem dos espíritos malignos que nos cercam. As Evas dos homens, a costela torta de Adão, a Dalila de Sansão. Somos todas pecadoras e merecemos queimar no inferno, ao não ser que todas

A PEQUENA NANÁ

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  - “Vou morrer agora?” - “Vai. Agora vai ter que ir” - “Então quero morrer de frente” - “Vira para cá”. Esse foi o último diálogo entre Dinalva e seu assassino. Depois de meses de vazio produtivo, não que isso seja relevante para quem lê esse diário, decidi retomar as atividades do blog desbravando, mais uma vez, a vida de uma das Guerrilheiras “mais famosas” do Araguaia. Quando descobri as grandes mulheres que tiveram participações importantes na história da humanidade, os espaços predominado por homens ficaram pequenos para mim. Ser coadjuvante nunca foi um processo natural. Desde já, agradeço quem nunca desistiu de mim, e espero que gostem da minha pequena homenagem para a Pequena Naná. Revolucionária. Guerrilheira Temida. Subversiva. Geóloga e atualmente, desaparecida política. Dinalva Conceição Oliveira Teixeira nasceu no interior da Bahia, no dia 16 de maio de 1945, na época de seu nascimento, a ditadura Varguista estava em vigor no país; comunistas eram cassados e partido