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Mostrando postagens de novembro, 2020

VULVA LIVRE !

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  “A posição social da mulher é marcada pela subalternidade e domesticação de seu próprio corpo” (Naomi Wolf) Naomi Wolf dedica cerca de 500 páginas do seu livro, intitulado “O mito da Beleza” , para expor provas de que as mulheres são imbecilizadas pelas mídias à distorcerem e odiarem seu próprio corpo! O livro é um verdadeiro Outdoor de alerta às mulheres de todo mundo de que somos induzidas a seguir um padrão estético específico, que beneficiará, especialmente, o patriarcado e a “indústria da beleza”. De fato, vivemos em uma sociedade onde há uma espécie de coerção social, em que as imagens de “beleza” são usadas contra nós, o “eu físico” é hipervalorizado pelas grandes mídias, domesticando nossa consciência e nossa capacidade de aceitar aquilo que temos de único: o corpo. A ideologia da “beleza” nos convence o quão magra devemos ser, o tamanho que nossos seios devem ter, e até mesmo o formato da nossa vulva! O último requisito citado está em destaque nos últimos tempos! O Brasi

A LENDÁRIA MARIE CURIE

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  Desafiar e romper com barreiras estruturais machistas sempre foram  tarefas árduas, realizadas por mulheres corajosas, em tempos mais difíceis que os atuais. Marie Curie é um exemplo excepcional de que as mulheres não estão destinadas à papeis coadjuvantes na historia da humanidade. Marie Salomea Skłodowska (seu nome de batismo),  nasceu na cidade de Varsóvia, na Polônia, no dia 07 de novembro de 1867, teve uma infância relativamente difícil, seus pais tinham poucos recursos financeiros, eles haviam perdido sua fortuna investindo em guerras patrióticas pela independência da Polônia (naquela época a Polônia pertencia ao território Russo). Apesar de serem professores brilhantes, os pais de Marie tinham dificuldades de encontrar empregos com melhor remuneração, devido ao seu nacionalismo e envolvimento político com movimentos separatistas poloneses, consequência disso, a família teve que alugar os quartos de sua casa para ajudar na renda familiar. Apesar das dificuldades, ela conseg

O ESTEREÓTIPO FEMINISTA

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  “ É uma perversão histórica estranh amente não questionada que a paixão e o fogo do movimento feminista tenham vindo de solteironas amargas, que odiavam os homens e nunca faziam sexo; de não mulheres castradoras e assexuadas, que queimavam de tanta   inveja do órgão masculino que queriam arrancá-lo de todos os homens, ou destruí-los, exigindo direitos apenas por não terem o poder de amar como mulheres” – Betty Friedan Bom, imagine que até pouco tempo atrás as mulheres sequer eram consideradas seres racionais capazes de reivindicar o próprio “eu” (tomar decisões por si mesmas, ter uma vida “além lar”) rodeadas de costumes patriarcais (cuidar da casa, dos filhos, servir ao marido.. literalmente falando), excluídas da vida pública e do direito de participar ativamente de escolhas políticas...  Era necessário fazer algo, era urgente sair da condição de oprimidas, era preciso desafiar o patriarcado!  E foi diante dessa indignação que o movimento feminista foi fundado e consolidado: na l

JUSTIÇA PARA MARIANA FERRER

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 "O julgamento destes criminosos sofre, é óbvio, a influência do sexismo reinante na sociedade, que determina o levantamento de falsas acusações-devassa é mais comum- contra a assassinada. A vítima é transformada em ré, procedimento este que consegue, muitas vezes, absolver o verdadeiro réu" - Heleieth Saffioti Saffioti foi objetiva ao escancarar a institucionalização do patriarcado na sociedade, observamos esse fato quando a cultura do estupro culpabiliza a mulher pela violência que sofre! Assistimos de camarote, durante quase 2 anos, Mariana Ferrer lutando por justiça e suas palavras constantemente colocadas em dúvida quando disse que foi drogada e estuprada, mesmo com provas comprovando o crime!(Inclusive uma roupa suja de sangue)  Não dá para engolir seco quando vemos uma mulher vítima de estupro ser humilhada em um julgamento como se fosse uma santa inquisição, suas fotos expostas e sua índole sendo massacrada! A cultura do estupro também tem sua parcela de envolvimento