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Mostrando postagens de dezembro, 2020

O PATRIARCADO PRECISA SER ABORTADO!

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  O fortalecimento do movimento feminista nos dá esperança de que dias mulheres virão! Na madrugada do dia 30 de dezembro o movimento feminista protagonizou mais uma vitória na América Latina, o Senado Argentino, finalmente, aprovou o projeto de lei de legalização do aborto! Agora, as mulheres e homens trans podem abortar até a 14º semana de gestação, de forma legal, segura e gratuita! Notícia que nos transborda de emoção, porque afinal de contas, que bem mais precioso pode existir do que a autonomia do próprio corpo? O aborto na Argentina só era permitido em casos de estupro ou quando a saúde da “mãe” estava em risco, esses tipos de condições impostas pelas leis escritas pelos homens, ferem a nossa dignidade e nosso direito como cidadãs, de escolher em que momento de nossas vidas queremos parir um ser humano. A proposta de legalização foi aprovada, pela Câmara dos Deputados, no dia 11 de dezembro, e precisava passar pelo Senado para que o sonho se concretizasse! A madrugada foi de

NÃO SÃO APENAS TRÊS MULHERES !

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  “O patriarcalismo dá sinais de que ainda está vivo e passando bem” A misoginia e o machismo se expressam de diversas formas na nossa sociedade, o feminicídio é apenas uma dessas atrocidades, que nós mulheres, temos que lidar e enfrentar todos os dias de nossa existência. O feriado Natalino nunca mais será o mesmo, para amigos e familiares, dessas três mulheres que foram brutalmente assassinadas pelos seus “ex-companheiros”. Viviane Vieira do Amaral foi morta na véspera do Natal, dia 24, na frente de suas filhas. O traste, mais conhecido como ex-“marido”, golpeou Viviane com 16 facadas, no momento em que ela iria deixar as filhas com ele, ele só precisava de uma oportunidade para cometer o crime, e não poupou as próprias filhas do trauma! Segundo a polícia o crime foi premeditado, encontraram mais facas no carro do criminoso. Seus familiares e suas filhas tiveram suas vidas marcadas para sempre, e as crianças viverão com um fardo de ter um “pai” que matou a própria mãe. O crime ac

A VIDA QUER É CORAGEM

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Sinto alegria por ter vencido os desafios e honrado o nome da mulher brasileira. O nome de milhões de mulheres guerreiras, mulheres anônimas que voltam a ocupar, encarnadas na minha figura, o mais alto posto dessa nossa grande nação. (Dilma Rousseff) Escrever sobre uma das mulheres mais importantes que esse país já teve não é uma tarefa fácil para mim, sou apenas uma amadora na arte da escrita, e apesar de saber, quase tudo, da trajetória de Dilma, me faltam palavras para descrever sua grandiosidade, e as minhas singelas palavras não são dignas dos feitos dessa mulher. 6 dias exatos após seu aniversário, finalmente, escrevo essas palavras para aquela que me inspira todos os dias. Eu tinha 16 anos quando a primeira presidenta do Brasil foi eleita. Lembro-me bem! Dia 1º de janeiro de 2011 , Dilma Vana Rousseff subindo as rampas do planalto. A “subida” de uma mulher para o cargo mais importante do país significaria algo para todas as mulheres que assistiram aquele espetáculo, e para a

A CULTURA DO ESTUPRO

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  Cultura do estupro é um conjunto de violências simbólicas que viabilizam a legitimação, a tolerância e o estímulo à violação sexual. O sistema patriarcal contribui para que esse tipo de cultura perpetue em nossa sociedade! A ideia de culpabilizar a mulher pela violência que   sofre, tem sido rotineira no Brasil. Nos últimos meses, nos indignamos com a sentença de “estupro culposo” de Mariana Ferrer, em que a mesma foi humilhada por um dos advogados, o mesmo insultou a Mari pelas roupas que ela estava usando no dia do crime e pela sua profissão, influenciadora, porque na cabeça medíocre desse homem, o crime aconteceu devido à esses fatores. O “caso Mari Ferrer” foi um dos grandes exemplos do machismo estrutural e da cultura do estupro enraizada nas instituições judiciais do Brasil, nós é que pagamos com a humilhação pública e o julgamento dos juízes de valor da internet.   Mesmo com todas as provas, vídeos e exames, o réu continua livre e Mariana segue com sua dignidade ferida, vive

CENA DE PODER

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 “O feminismo deve superar o patriarcado e o machismo que tem nos levado apenas à violência, à destruição e à morte” –Márcia Tiburi 06 de dezembro. Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres , mais uma famigerada data de mobilização/ conscientização que pouco contribui para a diminuição dos índices da violência patriarcal. A data teve origem após   um triste episódio chamado: “Massacre de Montreal”. No dia 06 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá e ordenou que todos os homens se retirassem da sala, eram cerca de 48, permanecendo somente as mulheres. Em seguida Marc começou a gritar: “vocês são todas feministas?”, e começou a atirar à queima roupa, matando no total 14 mulheres, e em seguida, se suicidou. Com ele, foi encontrada uma carta que continha uma lista com nomes de 19 feministas Canadenses   que ele também desejava matar e na qual explicitava a